23 março 2011

C O R T A - M E ...






CORTA - ME...


Corta-me,
como a lenha que vai
crepitar na lareira,
fazendo fogueira de mim nos teus braços.
Corta-me,
igual ao copo-de-leite ou o lírio,
que vão enfeitar túmulos,
para falar de tanto amor.
Corta-me,
feito peito aberto em mesa cirúrgica,
tentando reavivar um coração
que ainda tem tanto por amar.
Corta-me,
tipo cebola que faz chorar,
dando sabor gostoso ao degustar.
Corta-me,
de forma romântica ou selvagem,
como queiras...de qualquer maneira...
só não deixa que eu fique
inteira e insossa; tempera-me.
Mas só depois de fatiar-me em emoção.
Então vem e
Corta-me,
igualzinho ao verdadeiro Tango,
nas suas 45 figuras plenas e marcadas:
Corta-me,
deixa apenas o eixo do prazer!

Veronica de Nazareth-Noic@






Um comentário:

  1. QUERIDA VERONICA

    amar sem barreiras ... sem rpeconceito é algo maravilhoso desde que temperado com muita amizade Carinho e respeito reciprocos ;)

    Me parece que estás apelando a um tipo de amor mais selvagem e doloroso neste teu poema mas Amei a Emotividade poética que nele reflectes ;)

    BEIJAO/EMIR

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