11 abril 2010




ÁRIDA

é a terra
do poetar
em quietude,
sem brotar.

Árida,
a veia
do sentir
ressequida,
sem conseguir
circular.

Árida,
alameda
de caminho
(des)florido,
impossível
de transitar.

Árida,
febrícula
sensação
em tanto
atormentar.

Árida,
esturricada
vida
parada
no temp(l)o,
sem pulsar.

Árida,
silenciosa
e sentida
na espera,
de talvez
acordar...


Veronica de Nazareth-Noic@


DÁ-ME TUA MÃO ...

conduz minh'alma
à porta aberta
onde haja luz
e uma saída,
por pequena
que possa ser.
Dá-me tua mão...
remonta
meus fragmentos,
que alargo por dentro
o que encolho por fora.
Dá-me tua mão...
orienta meus passos,
perdidos no breu
deste instante
em que não posso ser
nem de mim mesma!


Veronica de Nazareth-Noic@