23 setembro 2009

LIQUEFEITA : MULHER!



As Mulheres vazam
pelos olhos,
liberam certo encanto do ser.




Vazam pelo coração
alegre ou dolorido,
tantos motivos, um ter-não-ter.
Vazam pela parte mais íntima,
uma vida
que não era hora de nascer.




Vazam pela pele
suores da excitação,
da entrega e do prazer.

Vazam pelos pés
tantos caminhos,
fazendo tudo acontecer.




As Mulheres vazam
pela alma Liquefeita,
o mais profundo querer...


Veronica de Nazareth-Noic@


**Desnecessário dizer, mas vá lá, que nos versos - vazam pela parte mais íntima, uma vida que não era hora de nascer -, refiro-me a menstruação...nunca ao aborto, pois sou absolutamente contra essa prática criminosa de impedir a vida.**

*Imagens:google,academiadapoesia e clésio.net*


20 setembro 2009

QUERO MEU RIO GRANDE OUTRA VEZ...






O que foi que aconteceu com o meu Rio Grande do Sul, que


Depois da Revolução Farroupilha,
teve tanta honra - muita glória.
Um renascer da gaúcha família,
hoje considerada "braço útil" e até simplória!


Enquanto era ação, história e continuidade,
nosso Rio Grande crescia.
O povo todo sorria, construia com igualdade,
até chegarem foices, paredões humanos, incluindo a "cria".


O que foi que aconteceu com o meu Rio Grande do Sul, que


Foi o Estado escolhido para maior abrigo,
baderna, boa vida, de falsos injustiçados?
Se a reforma fosse justa, queria ser o primeiro testigo,
jogaria o laço fraterno a todos os desabrigados.

Resulta que é só "estampa" de interesses diversos,
vão acampando em fazendas e matando os proprietários.
Se os policiais defendem o dono, são julgados perversos,
aqueles que se instalam, chegam como locatários.



O que foi que aconteceu com o meu Rio Grande do Sul, que


De carne e sal fez o charque para a sobrevivência,
criou a maior guerra que os corações ditaram.
Em lombo de cavalo, com frio, chuva e fome defenderam a querência,
apesar de tantas mortes e solidão, pelo melhor lutaram.

Ah...meu Povo Farrapo...impossível de aceitar,
que depois da lide campeira suada, teu ganho tenhas que dividir.
Sei que tiraríamos da boca, para um irmão alimentar,
mas não quem na verdade não soma, apenas quer destruir.


O que foi que aconteceu com o meu Rio Grande do Sul, que


Passou pela Guerra dos Farrapos, a República Juliana/Rio-Grandense,
não se abateu com a Batalha dos Porongos, no Ponche Verde assinou a paz?
Não, não quero nem incito o separatismo, mas a volta da força triunfense,
da alma gaúcha cabelos ao vento, poesia (rebelde)madura, ensinando como se faz.

E se tiver que ser num grito de bamo já se fumo...que seja!
Arremessemos as boleadeiras nos garrões dos sentimentos.
Puxemo tudo prá riba outra vez, lança do amor que braveja,
sem tiro - com as armas da lucidez e não mais só lamentos.

O que foi que aconteceu com o meu Rio Grande do Sul...o que foi que "ele" fez?

Na paz, "toca...toca...êira, êira",
seja como for,
Quero Meu Rio Grande Outra Vez.






Veronica de Nazareth-Noic@


17 setembro 2009

D E S P E D I D A

BelíssimaFotoArte:TâniaReginaCardoso



É a minha despedida
da face da terra,
vou com trombetas de glória
também com canhões de guerra.
E na lápide fria
que ninguém ajoelhe,
não derrame lágrima
por ser minha hora.
Pensem assim:
partindo
a mulher tão inteira,
que viveu como fera,
amou como anjo,
quis ser cancioneira
ou mera corda de um banjo.
Conseguiu de verdade
tropeçar na sombra,
fazer do amor
sua identidade.
Mas vai contente
ao encontro da alma gêmea.
Na terra buscou a luz,
fez grandes amigos - aprendeu a ser gente.
No outro plano quer chegar a mesma fêmea
cheia de encanto que a ele seduz.
E juntos, completarem a história
que tão pouco escreveram.
Reviverem toda a memória,
intensamente sentida
como raros viveram,
nesta e em outra vida...


Veronica de Nazareth-Noic@

16 setembro 2009

C A M I N H O






Dos

ciclos da vida,

rastros

vão ficando

e

compõem

a

história plena,

que

pode ser

um "enterro" inglório

ou

a "adubação" necessária

para o novo

Caminho...



Veronica de Nazareth-Noic@

14 setembro 2009

Outono do Ser...

artmajeur.com




No outono do Ser,

caem as folhas ressequidas do sentir

desnudando caminhos por verdecer.

As árvores e as almas em outro carpir,

adubam esperanças de novo tempo

para a roda da vida poder agir.

Assim morre e também floresce sentimento...


Veronica de Nazareth-Noic@



**Varal (antigo) do Luna**